sexta-feira, outubro 16, 2009

TRÂNSITO DE SALVADOR-BAHIA


Salvador tem problemas de trânsito e ele é causado, muitas vezes, por falta de infraestutura e educação do motorista.

Você acha que o comportamento dos motoristas de Salvador piora o trânsito?
Participe e comente.
Abaixo,o meu comentário:
"Pessoal,

Todos os comentarios sao muito bons,portanto gostaria de acrescentar que Salvador não possui uma Engenharia de Tráfego que agrava nossa situação(tanto que até o prefeito teve o bomsenso de mudar o nome da SET para TRANSALVADOR,alegando a fusão daquela com a STP).Nada mais justo.Agentes mal pagos e mal treinados que somados a essa falta de preparo dos condutores e ausencia de reciclagem(dá-se jeitinho brasileiro em tudo),somado a taxistas e motoqueiros(e nao motocicilistas)tudo piora e dá nisso que vemos hoje em dia e so com muita paciencia chegamos ao nosso destino.Nao vale a pena discutir,nem brigar porque ate assassinatos ja estão ocorrendo por motivos banais. Calma,respiremos fundo e pensemos nos governantes que realmente podem acabar com o problema.Temos 400.000 veiculos hoje emtupindo a cidade.Ja está na hora de se pensar num pedágio urbano tal qual em Londres para cuidar disso,pois ninguem vai querer fazer rodizio de placas(ou vão?).São os comentarios de um simples engenheiro civil e de segurança do trabalho. "

Trajano

Um comentário:

Unknown disse...

No tránsito aqui em Salvador tem que tomar atitudes com visão de longo alcance.

Não adianta "alargar" a paralela, não adianta tirar os carros estacionados na São Martin, muito menos colocar semáforos em vias de fluxo contínuo.
Tem que pensar que agora a malha rodoviária da cidade já não comporta a quantidade de veiculos.
Também não adiantam medidas como a limitação dos dias por placas impares e pares, pedágio muito menos, já se paga muito imposto para ir e vir, que segundo a constituição é direito de todo cidadão.

A solução é maior, envolve grandes investimentos, grande vontade social e politica, grande coragem também que os nossos governantes não tem.
Isto por um lado, o lado físico da estória, as vias de transito, sem elas nada feito ou, tudo muito lento, congestionado como estamos acostumados a ver todos os dias.

Por outro lado a educação dos motoristas, não a educação social-cívica, até que ésta poderia melhorar também, mas me refiro a educação para dirigir um veículo.
Sem tirar a responsabilidade da imprudência, do álcool, da inobservância às leis de trânsito, do excesso de velocidade, a principal causa é a inabilidade das pessoas para dirigir um veículo.

Esta imperícia se dá principalmente devido aos conteúdos programáticos de todos os cursos de habilitação no Brasil estarem fora de conformidade para com a evolução da indústria automobilística e para com as vias de trânsito.

Nos últimos 30 ou 40 anos a tecnologia tem feito com que os veículos rodem quase sozinhos, com conforto até demais para um meio de transporte, as potências e performances têm se aprimorado fazendo com que as acelerações e as velocidades sejam atingidas com maior facilidade, o conforto, suspensões e alinhamentos da direção, principalmente fazem com que não se percebam estas acelerações e velocidades. Recentemente as Honda e Nissan têm evoluído para o uso aqui no Brasil, de uma transmissão que consegue em apenas 0,450 segundos efetuar uma troca de marchas. Não esqueçamos que o ser humano gasta 0,500 segundos para o piscar de olhos, e muito menos ainda, que uma colisão á 55 km/h, começa e termina em 0,200 segundos.

Estes duzentos milésimos de segundo, que um cinto de segurança, um air-bag ou a tecnologia que a estrutura do veículo possua, tem para evitar mortes.

Mas estas mortes poderiam ser minimizadas também, e principalmente, por atitudes dos motoristas, atitudes estas, que hoje os motoristas não tem devido ao total desconhecimento das mesmas.

As pessoas não sabem dirigir.

Elas hoje aprendem como se aprendia há 40 anos atrás.

Basta apenas observar enquanto andamos na cidade, é fácil verificar estas imperícias.

Elas deveriam, assim como ocorreu com a indústria e com as vias, terem evoluído.

O ensinamento nas escolas de habilitação tem que se aprimorar, tem que ser realizado um “upgrade” nos conteúdos teóricos e práticos existentes, principakmente com foco na concentração ao dirigir. Tem que ser incluídos conceitos para conscientização e manobras práticas com a finalidade de prover os novos alunos e reciclar os existentes para estes avanços.

Nada de muito grande, nada de muito caro, nada que as auto-escolas não consigam absorver, sem visão capitalista, com foco no aprendizado para reduzir acidentes, nada que os candidatos a “motoristas” também não consigam realizar e pagar.

Algo que, em médio prazo, miniminize as estatísticas brasileiras com acidentes de tránsito e melhore o fluxo nas vias.

Ricardo
(Ricardo é engenheiro, piloto de competição, especialista em segurança veicular e tránsito)