domingo, novembro 06, 2016

TAYLORISTA, GRAÇAS A DEUS

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> TAYLORISTA, GRAÇAS A DEUS
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> Desde que me formei engenheiro, em 1986, tenho estado sempre com um pé nas Ciências Sociais. Nos primeiros anos lendo livros ou participando de cursos e seminários de administração e marketing. Mais tarde, por volta de 1995, fiz uma especialização em Marketing Empresarial e, em 2005 enfiei o pé na jaca definitivamente, fazendo um Mestrado Acadêmico em Administração.
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> Deus é que sabe onde isso vai parar.
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> TRÊS MINUTOS - Ano 17 - Número 390 (Ênio Padilha, 03/11/2016)
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> Nessas andanças uma coisa é constante. Eu estou sempre em minoria, convivendo com pessoas oriundas das áreas ditas "humanas". O povo da Administração, da Economia, do Direito, da Pedagogia e das Ciências Sociais em geral.
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> Sempre levo algum tempo pra romper os preconceitos. Engenheiros nunca são muito bem-vindos nesses meios. Os narizes se torcem. Engenheiros são considerados calculistas, cartesianos, sistemáticos... como se essas características fossem defeitos graves.
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> Muitas vezes frases como "isso é pensamento de engenheiro" é utilizado como senha para cortar o argumento e retomar "o reto caminho da verdade e da virtude".
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> Já vi muitos colegas engenheiros negando suas origens e renegando sua formação, como se tivessem vergonha de ser assim (de ter esse jeito engenheiro de olhar o mundo).
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> Eu não! Eu sou engenheiro! E, quando o assunto é Administração, sou Taylorista (o que, para muitos, é pior do que ser engenheiro).
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> Sim. Taylor era engenheiro! E dos bons. Antes dele a administração das fábricas era feita pelos próprios empregados, de maneira totalmente empírica e sem nenhum controle por parte da direção das empresas. A produtividade era baixa principalmente porque os sindicatos adotavam a filosofia de que quanto menos os empregados produzissem mais garantidos estariam seus empregos (por incrível que pareça, isso funcionava).
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> Taylor formou-se Engenheiro pelo Stevens Institute, em 1885, depois de cinco anos estudando pelas noites adentro e aos domingos (naquela época trabalhava-se seis dias por semana). Teve uma carreira profissional espetacular para os padrões da época: em menos de seis anos passou de mecânico recém-contratado a Diretor de Fábrica (Midvale Steel Company).
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> Inconformado com os métodos e modelos de administração existentes desenvolveu estudos científicos durante 30 anos até publicar, em 1911, seu mais famoso livro, "Princípios de Administração Científica", referência obrigatória de qualquer curso de Administração em qualquer país do mundo, até hoje.
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> Seu método revolucionário teve, na sua época, grande oposição de muitos segmentos da sociedade, principalmente dos sindicatos que acreditavam que o novo sistema seria contrário aos seus interesses. Taylor teve de se explicar até para o Congresso Americano.
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> No entanto, a Administração Científica proposta por Taylor venceu esses e outros obstáculos. Não por ser melhor do que os sistemas anteriores, mas por ser muito, muito, muito melhor do que os sistemas anteriores. Era impossível, mesmo aos mais recalcitrantes deixar de reconhecer que Taylor tinha razão.
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> Pelo novo modelo proposto, os empregados trabalhavam menos e produziam muito mais; as empresas aumentavam consideravelmente sua produção, os empregados ganhavam salários mais altos e os produtos ficavam mais baratos para os compradores e as empresas tinham muito mais lucros. Era o que hoje os consultores chamam de relação ganha-ganha-ganha. Isso mesmo. Parece mágica. Mas é apenas ciência. Ou melhor, Administração Científica.
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> Taylor tinha todas as qualidades que se pode atribuir aos engenheiros. Mas tinha também defeitos que muitas vezes são considerados típicos da profissão: era rabugento, teimoso e há diversas passagens de sua biografia que se referem à maneira rude e grosseira com que ele lidava com os empregados e (sejamos justos) também com os superiores.
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> Pavel Gerencer, autor de uma de suas biografias, afirma que "sua linguagem era vivaz e descritiva. Soltava palavrões. Nada tinha de urbanidade ou cortezia". A este aspecto "peculiar" da sua personalidade se deve muito do ressentimento que o taylorismo herdou mesmo depois de um século.
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> Porém, a maioria das críticas que se faz ao Taylorismo nos dias de hoje são simplistas e preconceituosas, pois desconsideram os avanços incorporados à teoria por sucessores.
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> O Taylorismo seco, sem considerar todas as perspectivas teóricas posteriores (a teoria Clássica, de Henry Fayol; a teoria das Relações Humanas, de Elton Mayo; a Burocracia e o Estruturalismo, de Max Weber; a teoria NeoClássica, a teoria Comportamental e a teoria da Contingência, essas últimas de autores diversos) seria uma coisa sem sentido nos dias de hoje. Mas essas teorias todas só param em pé quando sustentadas por ações baseadas nos PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA, de Taylor.
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> Esses princípios são
> • o princípio do planejamento (que consiste em separar as atividades de planejamento e produção);
> • o princípio da seleção científica dos trabalhadores (de acordo com suas aptidões para determinadas tarefas);
> • o principio da instrução (que determina a preparação e o treinamento para produção de acordo com o método planejado, e em preparar máquinas e equipamentos em um arranjo físico e disposição racional. É o princípio que pressupõe o estudo dos tempos e movimentos e a Lei da fadiga);
> • e o princípio do Controle (consiste em controlar o trabalho para se certificar de que o mesmo está sendo executado de acordo com o método estabelecido e segundo o plano de produção)
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> Quando o administrador se utiliza das teorias posteriores para retirar do Taylorismo os seus exageros ou preciosismos ou quando utiliza o Taylorismo para dar um sentido prático e produtivo para algumas das teorias posteriores pode obter resultados muito positivos. Negar pura e simplesmente à Administração Científica sua validade, utilidade e importância é uma atitude preconceituosa e improdutiva.
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> A organização do trabalho e a sistematização dos processos continuam sendo dois dos pilares da administração de resultado.
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> Eu sou taylorista. Sou cartesiano. Sou sistemático. Sou engenheiro. E estou em boa companhia, pois muitos dos presidentes das grandes organizações pelo mundo são engenheiros. (e Tayloristas!)
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> ÊNIO PADILHA
> www.eniopadilha.com.br | professor@eniopadilha.com.br
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> AGENDA DE PALESTRAS E CURSOS (Ênio Padilha)
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> Joinville - SC - 09/11/2016
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> ★ ADMINISTRAÇÃO DE ESCRITÓRIOS DE ARQUITETURA E ENGENHARIA
> Curso: 16 horas
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> ★ COMO AUMENTAR A PRODUTIVIDADE EM ESCRITÓRIOS DE ARQUITETURA E ENGENHARIA
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> ★ GESTÃO DE CARREIRA E MARCA PESSOAL
> Palestra: 1h30
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> ★ ADMINISTRAÇÃO DE ESCRITÓRIOS DE ARQUITETURA E ENGENHARIA
> Aula de Pós Graduação: 20 horas
> Manaus-AM - 25, 26 e 27/11/2016
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> ★ CARREIRA E EXERCÍCIO PROFISSIONAL: RESPONSABILIDADE E PRODUTIVIDADE
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