terça-feira, outubro 19, 2010

ATÉ ONDE ESTES NÚMEROS IRÃO?


Estatísticas
Doenças ocupacionais geram gasto de mais de 10 bilhões
Data: 15/10/2010 / Fonte: Paraná Online 

Acidentes e doenças ocupacionais são responsáveis por mais de dois milhões de mortes todo ano, segundo dados da Organização Mundial do Trabalho. Conforme o Anuário Estatístico sobre Acidente de Trabalho no Brasil, nos últimos anos o número de acidentes de trabalho no País cresceu preocupantemente. Para se ter uma ideia, enquanto em 2001 foram pouco mais de 340 mil acidentes de trabalho, em 2007 este número subiu para 653 mil ocorrências.

Além disso, a estimativa é de que para este ano os acidentes sem morte passem dos 400 mil, afastando o empregado temporária ou permanentemente, causando prejuízos ao empregado e ao empregador. Quando isso ocorre, além de gastos financeiros implicados na situação, a empresa perde em tempo, mão de obra, produção e qualidade de vida no trabalho.

Segundo dados do governo federal, os acidentes e doenças do trabalho custam, anualmente, R$ 10,7 bilhões aos cofres da Previdência Social, por meio do pagamento do auxílio-doença, auxílio-acidente e aposentadorias. De acordo com um estudo realizado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento para a América Latina, cerca de 10% do PIB (Produto Interno Bruto) é perdido por causa dos acidentes de trabalho.

Norma regulamentadora

Com efeito, as empresas têm dado uma atenção especial à legislação trabalhista e investido na contratação de profissionais de segurança do trabalho e nas modificações necessárias para manter o ambiente imune aos riscos de acidentes. "O papel desses profissionais, que consiste em zelar pela segurança dos colaboradores das empresas, é cada dia mais importante", comenta Adriana Reichle, especialista em Segurança do Trabalho.

Desde a instituição da Norma Regulamentadora n.º 17, o Ministério do Trabalho e do Emprego alerta os empregadores sobre a prevenção de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais. A normativa dispõe de várias questões sobre ergonomia no ambiente de trabalho. Apesar de ter se tornado uma lei, muitas empresas ainda não se conscientizaram da sua importância e continuam expondo seus empregados a situações de risco de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais. "Poucas empresas seguem a legislação. A maioria só adapta seus ambientes à norma após a fiscalização, quando já foram multadas ou advertidas", observa Alison Klein, fisioterapeuta do trabalho e especialista em prevenção laboral.

Riscos à saúde

A NR17 regulamenta claramente diversos aspectos do ambiente e das tarefas do trabalho. Um exemplo é o mobiliário. "Cadeiras, mesas, bancadas de trabalho ideais estão descritas nas disposições, assim como a melhor forma de utilização de equipamentos", aponta Klein. Outras orientações dizem respeito às tarefas dos funcionários, como realizá-las com maior segurança e distribuí-las melhor ao longo da rotina diária. O fisioterapeuta comenta que o transporte e levantamento de materiais, por exemplo, são detalhados de acordo com vários critérios, desde o peso da carga à idade do trabalhador.

O não cumprimento desses dispositivos acarreta vários riscos à saúde dos colaboradores, podendo prejudicar diretamente os índices de produtividade. Se flagrada pela fiscalização, a empresa ainda recebe multa de até R$ 1.000,00 (mil reais) por posto de trabalho. "Todos esses transtornos podem ser evitados com a adequação do ambiente de acordo, facilmente detectadas por um fisioterapeuta especializado", afirma Klein, que também é professor de fisioterapia do trabalho no Colégio Brasileiro de Estudos Sistêmicos (CBES).


Fonte: http://www.protecao.com.br/site/content/noticias/noticia_detalhe.php?id=JyjjAnji&__akacao=331065&__akcnt=4fd44fb5&__akvkey=81ed&utm_source=akna&utm_medium=email&utm_campaign=Prote%E7%E3o%20Sele%E7%E3o%20Ed.%2041/10

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