terça-feira, novembro 02, 2010

NOSSA FALTA DE EDUCAÇÃO DE CADA DIA...(salvador-bahia)


Na origem dos problemas do bairro a digital da Prefeitura

Da mesma forma que o Pelourinho precisa de atenção especial pelo que representa de riqueza arquitetônica e cultural, o Rio Vermelho, pelo grande fluxo de pessoas que recebe, pela tradição de bairro mais boêmio da cidade, precisa de um olhar diferenciado da administração, na manutenção, fiscalização e organização para inibir a esculhambação que está tomando conta de toda a área.

O bairro deixou de ser majoritariamente residencial, como foi no passado e mescla casas comerciais de todos os ramos, principalmente restaurantes, bares, locais de shows, clínicas, academias com o grande número de novos prédios, todos eles enormes, tudo funcionando com a mesma infra-estrutura de 30 anos atrás.

É certo que as atividades comerciais geram empregos e renda, dão vida ao bairro, mas exigem condições adequadas de funcionamento para não criar grandes transtornos para os moradores. Conciliar essas novas características é um exercício de inteligência e competência administrativa. Mas, infelizmente não é isso que acontece, alvarás são liberados para todo tipo de empreendimento e as conseqüências são inevitáveis.

A primeira delas é o grande fluxo de automóveis. Sem local adequado para estacionar, os motoristas usam os passeios, inclusive das residências, para deixar os carros, com isso, impedem a passagem dos pedestres além de danificar as calçadas.

Os engarrafamentos tanto de dia quanto à noite são crônicos. Com o grande fluxo de automóveis circulando em ruas estreitas e sem as mínimas condições de suportar um transito pesado, o asfalto que já é uma porcaria, não suporta e buracos e mais buracos vão se abrindo e assim ficam por tempo indeterminado.

As filas de veículos se formam em frente aos estabelecimentos para que manobristas encontrem vagas. Na Rua João Gomes, quase todas as noites se repete um exemplo clássico dessa situação: o Twist Pub, uma casa que atrai um grande público, em dias de funcionamento ocupa toda uma pista com uma fila de carros, gerando, com isso, engarrafamento. Mas não se vê sequer um agente da Transalvador para disciplinar a área.

Outro problema é a quantidade de lixo produzido que aumenta substancialmente, mas, nem por isso, existe a preocupação de uma coleta diferenciada. O grande fluxo de pessoas, também atrai principalmente à noite muitos ambulantes que se instalam de forma irregular em qualquer canto, impedindo a circulação de pessoas e veículos. Sem sanitários públicos para atender à demanda, as ruas do bairro são transformadas em latrinas, até uma obra de Bel Borba, em homenagem à capoeira, no calçadão do Sesi é usada para as necessidades fisiológica.

O espaço público é usado como se fosse particular, passeios são privatizados e cercados e ninguém diz nada.Qualquer cidade minimamente civilizada precisa de um pouco de organização para funcionar, mas não é isso que se observa em Salvador.

Diante desse caos, a conclusão é simples, a maioria dos problemas gerados no bairro tem origem exclusivamente na omissão da Prefeitura que se exime das suas responsabilidades, deixando a cidade ao Deus dará.

Fonte: http://blogdoriovermelho.blogspot.com/2010/11/na-origem-dos-problemas-do-bairro.html

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