terça-feira, agosto 03, 2010

SEGURANÇA EM SALVADOR: EDIFICIOS E PESSOAS...


20.7.10

Pelourinho - "Definir quem é que deve preservar a vida humana é um verdadeiro quebra-cabeça".

Estudo mostra que 111 casarões podem desabar

Hieros Vasconcelos l A TARDE*
O desentendimento entre as três esferas governamentais (municipal, estadual e federal) para evitar o desabamento de pelo menos 111 imóveis  tombados  pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) tem trazido altos riscos à população. De acordo com o Relatório Casarões 2009, elaborado pela Coordenadoria de Defesa Civil (Codesal), do total de 111 imóveis condenados, e com risco de desabamento, 86 também põem em perigo a vida de transeuntes que circulam nas localidades. Dos 111 imóveis, apenas 38 ainda funcionam com atividades comerciais ou residenciais.
Há, ainda, outros 52 casarões que apresentam "risco médio" de desabamento, 23 com "risco baixo" e 38 em "condições aceitáveis". Os casarões estão todos localizados no Centro Antigo de Salvador, em bairros como Pelourinho, Centro Histórico, Barbalho, Nazaré, Saúde, Comércio, Dois de Julho, Barroquinha e Santo Antônio. É no Comércio onde há mais imóveis com alto risco: 30. Em seguida, vem o próprio Centro Histórico, com 24.

Editoria de Arte/A TARDE

Por sua vez, definir quem é que deve preservar a vida humana é um verdadeiro quebra-cabeça. A Codesal informa que o Iphan estava ciente do perigo de desabamento do casarão da Ladeira da Conceição da Praia, que caiu no último sábado, matando uma pessoa e deixando três feridas. O fato motivou, inclusive, o encaminhamento de um ofício da prefeitura à União pedindo providências. Segundo o subsecretário do órgão, Osny Bomfim, o Decreto Federal 25/1937 determina que os imóveis tombados só podem ser restaurados ou demolidos com a autorização do Iphan. Quando o proprietário declara não ter condições financeiras para tais atitudes, cabe ao instituto tomar as providências.  "A legislação é clara", garante.
Já o superintendente do Iphan, Carlos Amorim, assume que a demanda de restaurações é grande, mas credita a responsabilidade de mortes e feridos em desabamentos à Defesa Civil.  Ele acrescenta que a verba para as reformas ainda é pouca, embora crescente. "Quem é responsável de cuidar e zelar pela segurança das pessoas é a Defesa Civil", rebate.
Segundo Carlos Amorim, a  Codesal pode, e deve, com a supervisão do Iphan, promover escoramento de imóveis que põem em xeque a integridade física humana. "Há também uma decisão judicial que determina à Defesa Civil que faça laqueadura desses imóveis, de modo que não possam ser ocupados", conta Amorim. Osny Bonfim, da Defesa Civil, confirma, mas ressalta que, na maioria dos casos, as pessoas voltam a ocupar o imóvel.
Dos três mil imóveis tombados pelo Iphan no Estado da Bahia, 300 têm precariedades de diversos tipos. Conforme o superintendente do instituto, restaurar casarões é uma questão de prioridade, mas o Iphan tem centenas de atribuições além dessas. 

*Colaborou Helga Cirino l A TARDE

17.7.10

Pelourinho - Quantos mais, ainda terão que morrer no Centro Histórico de Salvador ???

Casarão desaba e deixa um morto na Conceição da PraiaPublicada: 17/07/2010 09:21| Atualizada: 17/07/2010 11:15
Renata Preza

As fortes chuvas que caem na capital baiana continuam causando transtornos à população. Desta vez, foi um casarão, situado na Ladeira da Conceição da Praia, que desabou. De acordo com a Defesa Civil de Salvador (Codesal), o incidente ocorreu por volta das 2h29 da madrugada deste sábado (17).

Segundo a assessoria da Codesal, o imóvel de três pavimentos era  tombado pelo Patrimônio Histórico. No local havia quatro pessoas. Três foram resgatadas e levadas para o Hospital Geral do Estado (HGE). Outra está sob os escombros, provavelmente sem vida.
Engenheiros do órgão municipa foram deslocados para a região. O Corpo de Bombeiros foi acionado para tentar resgatar a vítima que está sob os destroços. A informação é que o casarão servia como abrigo para moradores de rua.
A Transalvador interditou a via, para que a Codesal pudesse fazer uma análise completa das condições do casarão. O condutor pode usar como via alternativa a Avenida Contorno.

Fonte:http://www.tribunadabahia.com.br/news.php?idAtual=53642

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