sexta-feira, julho 09, 2010

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09/07/2010 às 12:28
  | ATUALIZADA às 14:05 | COMENTÁRIO (0)

Juiz depõe sobre morte de motociclista após 'roubadinha' no CAB

Flávio Costa | A TARDE*

O juiz corregedor Cláudio Daltro encerrou nesta sexta-feira, 9, a fase de instrução do processo da morte do motociclista Anderson Jorge dos Santos, em outubro de 2009, após o depoimento nesta manhã do juiz Benedito Conceição dos Anjos, 60 anos, acusado de ser responsável pelo acidente que matou o motociclista.

O teor do depoimento do juiz Benedito dos Anjos, que aconteceu a portas fechadas, não foi divulgado. O advogado da família de Anderson, Jaime Guilherme, disse que não poderia falar o que foi dito pelo juiz porque o processo corre em segredo de justiça, mas comentou que a família de Anderson tem uma visão diferente da alegada pelo juiz sobre o acidente.

A esposa de Anderson, Ramile Cravo Santos, que acompanhou o depoimento, disse que vai acionar o Ministério Público (MP) para saber por que o órgão não está acompanhando o caso. Com o fim da fase de instrução, o juiz corregedor Cláudio Daltro vai preparar um relatório sobre o caso e enviar para o desembargador Eserval Rocha.

O desembargador pode pedir mais provas sobre o caso ou levar o caso para o Pleno do Tribunal de Justiça (TJ). Nesta última opção, ele dará seu voto e abrirá votação com os outros 32 desembargadores. A punição através do Pleno do TJ vai de advertência a aposentadoria compulsória. Os desembargadores também podem decidir encaminhar o processo para o MP, que pode abrir uma ação penal. Somente neste caso, o juiz poderia perder o cargo ou ser preso.

Histórico - Anderson morreu após sua moto ser atingida pelo carro do juiz Benedito dos Anjos quando eles trafegavam pelo Centro Administrativo da Bahia (CAB). O juiz teria dado uma "roubada" para acessar a sede do TJ. Na ocasião, ele alegou para a reportagem de A TARDE que a "manobra era legal". Mas peritos confirmaram a ilegalidade na manobra, além de constatarem que Anderson trafegava em alta velocidade. Após o acidente, o retorno utilizado pelo juiz para dar a "roubadinha" foi fechado pela Transalvador.

*Com redação de Paula Pitta | A TARDE On Line

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