quarta-feira, abril 07, 2010

MESMO NOS CARNAVAIS FORA DE ÉPOCA,MICARETAS E SÃO JOÃO,VALE O ALERTA!

Cuidado: trio elétrico pode causar problemas de audição

Pular carnaval em clubes e trios elétricos pode causar prejuízos irreversíveis à audição. Animação à parte, é nessa época do ano que aumenta o número de casos de pessoas com perda auditiva causada pelos ruídos de sons superpotentes dos clubes e trios elétricos. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Otorrinolaringologia (SBOL), o ouvido humano suporta até 90 decibéis, mas a aparelhagem geralmente utilizada em bailes e carnavais de rua chega a atingir intensidades sonoras da ordem de 120 decibéis. O otorrinolaringologista Luis Carlos Alves de Sousa, membro da SBOL, afirma que uma pessoa não pode permanecer em um ambiente com atividade sonora de 85 decibéis de intensidade por mais de 8 horas. Esse tempo cai para 4 horas em lugares com 90 decibéis; 2 horas em locais com 95 decibéis; e 1 hora onde a intensidade chega a 100 decibéis. Intensidades de som superiores a 85 decibéis, dependendo do tempo de exposição, podem comprometer a capacidade auditiva para sons ambientais, e ainda causar um distúrbio contínuo e muito incômodo, o zumbido.

Fonte: Agência Brasil

 

Ruídos que acompanham um trio elétrico (em decibéis)

96 db

3º andar (a 50 metros)

100 db

em cima do trio

103 db

1º andar (a 50 metros)

110 db

camarote (a 10 metros)

114 db

atrás do trio (a 1,5 metros

 

 

 

 

Trios elétricos agridem mais a audição do que os mega-shows de U2 e Rollings Stones.

 

2008

Quem está mais exposto a sofrer problemas auditivos: os fãs de U2 e Rolling Stones, que vão curtir algumas toneladas de puro rock ou o folião que vai pular o carnaval atrás do trio elétrico? Apesar de se equivalerem pela intensidade sonora (ambos chegam a atingir níveis acima de 130 decibéis), a as condições ambientais são muito mais perigosas para "quem vai atrás do trio elétrico".

Segundo especialistas da Sociedade Brasileira de Otologia, essa exposição oferece um risco 5 vezes maior à saúde auditiva do que os mega-shows. "É claro que sempre existe um risco considerável em ambos os casos, mas a infra-estrutura de um grande show, em realizado em um estádio, por exemplo, oferece mais segurança porque as pessoas estão mais distantes da fonte sonora. Mesmo quem fica na pista, não está no mesmo nível das caixas de som", explica Luiz Carlos Alves de Sousa, presidente da Sociedade Brasileira de Otologia (SBO). A entidade organiza desde 2004 a Campanha Nacional da Saúde Auditiva, um programa de conscientização sobre os riscos e os principais problemas que acometem a Audição.

Segundo dados da SBO, é durante o Carnaval que se verifica um aumento no número de casos de pessoas que apresentam problemas nos ouvidos, causados, principalmente, pelos ruídos derivados de caixas de som super-potentes dos clubes e trios elétricos. O ouvido humano suporta até 90 decibéis. A partir daí, já existe a possibilidade de uma pessoa apresentar lesão, muitas vezes irreversível, levando a perda auditiva. A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera a poluição sonora a terceira maior do meio ambiente, perdendo apenas para a poluição da água e do ar.

O coordenador da campanha, Dr. Oswaldo Laércio Cruz, afirma que um indivíduo não pode permanecer em um ambiente com atividade sonora de 85 decibéis de intensidade por mais de 8 horas. Esse tempo cai para 4 horas em lugares com 90 decibéis; 2 horas em locais com 95 decibéis; e 1 hora onde a intensidade chega a 100 decibéis. "Nosso objetivo não é tentar convencer as pessoas para que não brinquem o carnaval, mas alertá-las para algumas coisas que podem parecer sem importância, como a altura do som, mas que podem acarretar conseqüências desastrosas para sua vida", alerta o médico.

Dependendo do período de exposição, sons de intensidades superiores a 85 decibéis podem causar "distúrbio de dupla perversidade, pois ao mesmo tempo em que compromete nossa capacidade auditiva para sons ambientais, pode causar ainda um sintoma contínuo e muito incômodo: o zumbido. Para não ser atingido por esse problema, é necessário se adequar frente aos novos tempos de furor tecnológico dos decibéis, alimentado pela falta de organismos eficientes para controlar a poluição sonora ambiental".

A lesão por ruído, geralmente fere células do ouvido responsáveis pelas freqüências agudas. "E é justamente nestas freqüências que estão concentrados os principais fonemas para o entendimento das palavras. Quando isto ocorre, o paciente deve procurar um otorrinolaringologista para fazer o diagnóstico médico", orienta a fonoaudióloga Márcia Menezes, Segundo o médico Luiz Carlos Alves de Sousa um dos recursos mais indicados para combater o problema são os chamados "mascaradores de zumbido" "Quando o tratamento medicamentoso para o zumbido não surte efeito, é necessário a adaptação de um aparelho auditivo especial para "compensar" estas freqüências lesadas", explica.

Para quem prefere evitar esse tormento, Márcia Menezes informa que já existem recursos avançados que preservam a saúde auditiva sem comprometer a folia. "Existem protetores auditivos com filtros, que deixam passar um som limpo como a fala, por exemplo, e protegem somente do ruído, garantindo a comunicação em um nível saudável dentro de ambientes muito ruidosos" , esclarece a fonoaudióloga.

O som nocivo (poluição sonora) pode acarretar conseqüências severas à qualidade de vida da população, afetando a saúde do indivíduo e conturbando as relações sociais.
As repercussões são de ordem individual e coletiva. No Rio de Janeiro, 60% das reclamações recebidas pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, são relacionadas às agressões sonoras. Algumas pesquisas mostram que o ruído fora de controle constitui um dos agentes mais nocivos à saúde humana, causando perda da audição, zumbidos, distúrbios do labirinto, ansiedade, nervosismo, hipertensão arterial, gastrites, úlceras e impotência sexual. Por tudo isso, proteja seu ouvido neste carnaval contra a poluição sonora e boa diversão!

Campanha

Lançada em setembro de 2004, a Campanha Nacional da Audição é um programa de conscientização desenvolvido pela Sociedade Brasileira de Otologia que, durante um ano, discutirá os problemas mais comuns que envolvem a saúde auditiva. "O objetivo central da campanha é orientar sobre os cuidados com a audição, principalmente em uma época de tanta exposição a ruídos intensos como acontece no Carnaval", afirma Dr. Oswaldo Laércio Cruz, coordenador da campanha. Outra importante meta da campanha é derrubar o preconceito que envolve o uso de aparelhos auditivos. "Muitas pessoas rejeitam o aparelho auditivo, mas como é natural usarmos óculos para poder amplificar as imagens, também deveríamos usar os aparelhos de amplificação sonora (AAS), também chamados de próteses auditivas, ou outros equipamentos auxiliares para a audição, sem nenhum preconceito, como forma de se minimizar os efeitos negativos da deficiência auditiva que tanto aflige as pessoas", afirma o otorrinolaringologista.



A Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial adverte:

"O SOM INTENSO PROVOCA PERDA DE AUDIÇÃO"



A exposição a sons intensos é a segunda causa mais comum de deficiência auditiva. Muito se pode fazer para prevenir a perda auditiva induzida por ruído, mas pouco pode ser feito para reverter os danos que ela causa. Algumas vezes, uma simples e única exposição a um som muito intenso pode ser suficiente para levar a um dano auditivo irreversível. Isso ocorre porque o som de alta intensidade lesa as células sensoriais auditivas, causando perda auditiva proporcional ao dano gerado, podendo levar a zumbidos e distorção sonora.

Os sintomas iniciais da perda auditiva induzida por ruído são sutis, começando, na maioria dos casos, pelas freqüências agudas. Conseqüentemente muitos indivíduos não percebem que apresentam uma perda auditiva induzida por ruído, pois todas as outras freqüências sonoras estão dentro da normalidade, e continuam se expondo a ele por falta de orientação ou conhecimento.

Ao contrário do que muitos imaginam, a exposição a sons intensos não atinge somente profissionais que trabalham em locais com elevado nível de ruído, como indústrias ou aeroportos, mas pode acontecer numa variedade de situações, que são muito freqüentes no dia-a-dia da maioria das pessoas.

Para se ter uma idéia comparativa da intensidade sonora de algumas situações/ambientes, colocamos na tabela abaixo alguns sons ambientais aos quais nos expomos habitualmente:

FONTE SONORA ................|................ INTENSIDADE SONORA EM dB

Avião
a jato (durante a decolagem a 20 metros) / arma de fogo. ....| 130-140

Concerto de "rock", trios elétricos e barracão de escola de samba.| 120
Serra elétrica / Furadeira pneumática.....................................................| 100-105
Tráfego pesado............................................................................................| 80
Automóvel passando a 20 metros...........................................................| 70
Conversação a 1 metro..............................................................................| 60
Sala silenciosa.............................................................................................| 50
Área residencial à noite.............................................................................| 40
Falar sussurrando......................................................................................| 20

Como se pode notar na tabela acima, a exposição a sons intensos ocorre com muito mais frequência do que se imagina. Alguns estudos mostram que a chance de um indivíduo desenvolver perda auditiva quando exposto a ruídos de 90 decibéis (dB) durante 40 anos é de 25%. Isso sem levar em consideração que apenas um único som acima de 100dB pode lesar irreversivelmente as células sensoriais de pessoas suscetíveis. Essa intensidade sonora é facilmente atingida em cinemas, danceterias, shows musicais, comemorações com fogos de artifício, que fazem parte dos hábitos comuns da vida cotidiana.

Algumas dicas podem ser seguidas para saber se você está ou esteve em um ambiente com intensidade sonora potencialmente lesiva à sua audição:

(1) se há necessidade de gritar em um determinado ambiente para se fazer ouvir;

(2) se zumbidos ocorrem após exposição a um som intenso

(3) se a sensação de ouvidos cheios ou de diminuição de audição aparece após a exposição sonora.

Portanto, se você já experimentou essa situação ou está exposto habitualmente a sons intensos, a Associação Brasileira de Otorrinolaringologia recomenda que procure um médico otorrinolaringologista para avaliação e acompanhamento de sua saúde auditiva.

 

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