quinta-feira, janeiro 21, 2010

Acidentes de trabalho merecem mais atenção de patrões e empregados

 
Em 15/01/2010
 

Em 2007 foram registrados 653.090 acidentes e doenças do trabalho, entre os trabalhadores assegurados da Previdência Social. O número, que já é alarmante, não inclui os trabalhadores autônomos (contribuintes individuais) e as empregadas domésticas. Estes eventos provocam enorme impacto social, econômico e sobre a saúde pública no Brasil. Entre esses registros contabilizou-se 20.786 doenças relacionadas ao trabalho, e parte destes acidentes e doenças tiveram como consequência o afastamento das atividades de 580.592 trabalhadores devido à incapacidade temporária (298.896 até 15 dias e 281.696 com tempo de afastamento superior a 15 dias), 8.504 trabalhadores por incapacidade permanente, e o óbito de 2.804 cidadãos.


Do ponto de vista estatístico, o números indicam que no Brasil, em 2007, ocorreu cerca de 1 morte a cada 3 horas, motivada pelo risco decorrente dos fatores ambientais do trabalho e ainda cerca de 75 acidentes e doenças do trabalho reconhecidos a cada 1 hora na jornada diária. Foram 31 trabalhadores/dia que não mais retornaram ao trabalho devido à invalidez ou morte.


Técnico em Segurança do Trabalho de uma empresa estabelecida no município, consultor, professor da disciplina de segurança do trabalho do Centro Paula Souza e com 19 anos de experiência na área, Marcos Antônio Duarte Bento, disse que os prejuízos causados por acidentes de trabalho no país atingem cifras astronômicas. São 2,3% do Produto Interno Bruto considerando os números oficiais. "Mas deve ultrapassar os 4% se consideramos os empregos sem carteira assinada". Para ele, segurança no trabalho deveria constar da grade curricular do ensino médio nas escolas não técnicas. Além disso, sugere que empresários e empregados tomem consciência da importância da educação e treinamento adequado. "Toda empresa deve visar o bem-estar do trabalhador. A produtividade passa a ser uma consequência".


Citou que patrões e empregado têm pouco conhecimento sobre o que é segurança do trabalho e qual a sua importância no cotidiano. Citou como exemplo os açougues de supermercados. "Há muita insegurança. Os trabalhadores não usam luva de palha de aço, falta a proteção no fuzil, quando está em movimento a ponta da faca deve estar apontada para baixo e mão e braço colato ao  corpo, falta ainda o uso de óculos de segurança quando do uso da serra".


Marcos Bento disse que tais informações sobre o assunto estão disponíveis no site do Ministério do Trabalho. No caso específico de açougues na Nota Técnica 94/2009 que trata da Segurança para máquinas de panificação, mercearia e açougue. "A melhor fonte de pesquisa é o site do TEM". Mas as informações também podem ser oferecidas em treinamento proferido por consultores. A lei é boa e se aperfeiçoa a cada ano, mas não há acompanhamento. Eu percebo que há um número reduzido de fiscais. Em algumas cidade, como Amparo, por exemplo, a Vigilância Sanitária auxilia o Ministério do Trabalho na fiscalização e orientação".

 
Fonte: http://www.oserrano.com.br/mais.asp?tipo=Local&id=14139

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Manoel Trajano
Eng.Civil e de Segurança do Trabalho
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