quarta-feira, fevereiro 17, 2010

REALIDADE DA SEGURANÇA DO TRABALHO NO BRASIL

 

Cuide-se e cresça na empresa

Segurança no trabalho é sinônimo de qualidade de vida para o colaborador, economia para a empresa e o governo

 
 
 
Construção civil é um dos setores com maior número de acidente de trabalho: queda e choques são mais comuns  (Foto: Ricardo Lopes)
 
 

Mais sobre "Segurança no Trabalho"

O trabalhador brasileiro ganhou proteção legal sobre os níveis de segurança no trabalho apenas em 1978, quando o Ministério do Trabalho assumiu a responsabilidade de monitorar e fiscalizar as condições ideais. Apesar do esforço, o País ainda é o líder mundial no número de acidentes desta natureza e, a cada ano, pelo menos quatro mil pessoas perdem a vida no ambiente de trabalho ou no cumprimento de suas tarefas.

Para entender melhor o que é acidente de trabalho, vale lembrar que existem dois grupos básicos de causas que podem levar a ele: ato inseguro ou a condição insegura. No primeiro grupo estão pessoas que se ferem por ignorarem as normas de proteção, por exemplo, um trabalhador da construção civil subir no andaime sem cabos de segurança.

A outra acontece quando o trabalhador, por exemplo, leva um choque de uma máquina que está com fios desencapados. "Os profissionais de segurança de trabalho atuam de forma preventiva e entendem estas normas como um conjunto de medidas que devem ser vistas como informação e procedimentos que garantem a integridade física e mental do trabalhador", explica o técnico em Segurança no Trabalho, Anderson Rodrigues, da empresa Ceset.

Ele explica que a principal função deste especialistas não é ficar lembrando o colaborador de que ele precisa usar este ou aquele equipamento, mas fazê-lo entender que disso depende seu bem-estar. "Nosso trabalho é bastante amplo, passa pela coordenação de treinamentos, formação de equipes de desenvolvimento, brigada de incêndio, entre outros", destaca.

Saúde
O que pouca gente imagina é que o time básico da equipe de segurança no trabalho tem todas as suas atividades direcionadas a promover a saúde dos colaboradores. As empresas com mais de 50 funcionários devem formar uma equipe para desenvolver o Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT).

Deste grupo devem fazer parte o técnico de Segurança do Trabalho, o engenheiro de Segurança do Trabalho, o médico e o enfermeiro do Trabalho.

O Ministério do Trabalho estima que os acidentes custam para o País cerca de R$ 32,5 bilhões/ano e, deste total, R$ 20 bilhões são custeados com recursos do governo em assistência social.

Para sensibilizar os empresários sobre o real valor do investimento em segurança, basta lembrar que os outros R$ 12,5 bilhões saem dos bolsos deles e que muitos dos funcionários que perdem sua capacidade produtiva ou até perdem a vida custaram anos de investimento em cursos e treinamentos.

 

Fonte: http://www.odiariomaringa.com.br/noticia/235750

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