segunda-feira, julho 06, 2009

ATÉ QUE PONTO CHEGAMOS OU IREMOS?

Rodoviários fecham a entrada da Lapa e pedem mais segurança
A TARDE On Line



Terminou por volta de 11h o protesto feito pelos rodoviários na manhã desta segunda-feira, 6, na região do Dique do Tororó. Representantes da categoria fecharam a entrada de acesso à Estação da Lapa por volta das 9h e não permitiram que os coletivos desembarcassem os passageiros no terminal. Os trabalhadores queriam chamar atenção da Secretaria de Segurança Pública (SSP) contra a onda de violência que resultou em nove mortes dentro de coletivos em Salvador somente de janeiro a junho deste ano.

A última vítima foi o funcionário de uma mercearia no fim de linha do Conjunto Marback, Dilton Mendes da Silva, 24 anos, morto na última quinta-feira, dia 2 de julho. O rapaz estava no ônibus que fazia a linha Lapa-Conjunto Guilherme Marback (Boca do Rio) quando, à altura da Avenida Paralela, três jovens – dois deles com menos de 18 anos – anunciaram o assalto. Um outro passageiro reagiu atirando. Nenhum disparo atingiu os assaltantes; dois tiros alvejaram Dilton, que morreu na hora.

"E há 15 dias morreu um mecânico. Isso não é admissível. É uma causa que interessa aos rodoviários e a toda sociedade", afirma o diretor de imprensa do Sindicato dos Rodoviários, Ednei Machado.

MAIS PROTESTO – Outra manifestação da categoria está prevista para esta segunda, às 18h, quando os coletivos serão recolhidos de volta às garagens. De acordo com Machado, nenhum coletivo sairá dos terminais depois desse horário. Os que estiverem circulando terminarão o trajeto e encerrarão as atividades assim que chegarem nos finais de linha.
COMENTÁRIO DO AUTOR DO BLOG:
Quando escrevi o título desta postagem confesso que sem querer ficou dúbil o sentido da palavra PONTO. Até uns 5 anos atrás pegar ônibus coletivo era uma rotina em minha vida,desde 30 anos atrás,guri e ja fui para vários lugares da cidade e região metropolitana,ia orando para lugares cuja estatística insistia em me assustar e que graças a Deus nunca me ocorreu nada nem testemunhei,muito menos minha família e nos conserve assim que ainda pegam muito,dou carona quando posso mas nossas rotinas são bem distintas.Oro por eles todo dia.
Sair de casa sem saber se vai soltar no próximo Ponto,se vai chegar ao Ponto Final do seu destino físico ou espiritual. Afinal de contas a que Ponto chegamos de um todo complexo que entra em questão fatores sociais,econômicos,de transporte e de segurança pública? Câmeras em onibus coletivos se tornam obsoletas face a realidade.Registram mas não previnem,mas tem a sua importancia quando deveriam ajudar a identificar e de certa forma inibir novas ações.Aí entra a impunidade.A impunidade está relacionada a questões culturais e legislação coninvente que não motiva a imputabilidade do criminoso,dos defensores da lei,do servidor público.Há o Metrô que nao fica pronto porque todos se aproveitam em tirar um pouco dessa ordena econômica e cai no descrédito e a Engenharia ainda fica manchada pela polliticalha.O sistema de transporte de Salvador está saturado.O trânsito de Salvador está travado,integralmente em seu dia.Obras de fachada e sem embasamento técnico com vícios e que tem nas Fiscalizações corrompidas seus maiores aliados. Estamos presos nos vidros e portas travadas em nosso ar condicionado,presos atras das grades de nossas janelas e "a morte não causa mais espanto,miséria,miséria em qualquer canto,riquezas são diferenças"(composição dos Titãs) e os irmãos entram para as estatísticas de sangue,familias são destruídas e espíritos sofridos com o choque da mudança brusca tem que ser muitas vezes doutrinados na caridade mediúnica.Por que teve que ser assim?Porque nossa sociedade é tão passiva e assiste a tudo de camarote,vendo esses politicos desfilarem na Independência a uma situação que ja passou dos limites,da prorrogação,dos penalys e está no rebaixamento,da Divisão do Fundo do Poço de nossa moral enquanto civilização e humanidade. São irmãos morrendo por balas de menores protegidos por um Estatuto da Criança e do Adolescente que não desarma,não socializa,não cuida,não ama,apenas e somente acoberta,pois se assim não fosse crianças de 10 anos de idade não estariam com metralhadoras subautomaticas nos Morro do Rio de Janeiro e nas perifierias de São Paulo e em outras metrópoles brasileiras,como Salvador,Belo Horizonte,Recife,Porto Alegre,entre outras.
Os irmãos rodoviários estão com toda razão.Eles lutam pela vida,no seu sentido mais puro e livre e por suas familias e amigos.Deus me proteja de nunca perder alguem que amo assim.Temos que ser empáticos e nos pósicionarem no lugar daqueles conduzem,cobram e transitam em Salvador e Região Metropolitana,que não sabem quando e onde será o próximo PONTO.

Um comentário:

Anônimo disse...

Até que ponto chegamos.....Esse é o nosso Brasil! Esse é o nosso povo! Somos apenas vítima! Que vergonha, meu Deus...Na minha opinião acho que é um problema social e político. Sem contar com a falta de segurança da nossa cidade. Os irmãos rodoviários estão no seu direito. É preciso manifestar-se! É preciso agir! Pena que ainda estão muito longe para atingir a consciência das autoridades.

Bjs,
Débora Linheiro