quinta-feira, fevereiro 24, 2011

UM PARTIDO QUE NÃO É DOS TRABALHADORES


UM PARTIDO QUE NÃO É DOS TRABALHADORES

 

Por Manoel Trajano

Engenheiro Civil e de Segurança do Trabalho

 

Antes de mais nada gostaria de deixar claro que não se trata de análise política nem questionamento de se comparar um ou outro partido, mesmo porque o que vai ser descrito foi também comentido pelo partido e seus aliados do governo anterior aos últimos 8 anos de nossa administração publica nacional republicana.

 

Por que adotei este título? Porque este,mais do que qualquer outro deveria estar zelando pela segurança e saúde do trabalhador, não apenas física mas também psicológica,emocional e financeira do mesmo. Preventivamente falando, precisamos melhorar muito. É inadmissível que a cada ano que passa se gaste mais e mais bilhões de reais em custos de acidente de trabalho com afastamentos permanentes provisórios ou definitivos,quando não morte. Fiquei estarrecido na última matéria do Fantástico na Rede Globo em que a tal da "Alta Programada" está ceifando e mutilando o direito de milhares de trabalhadores que não tem a mínima condição de exercer a atividade laboral,em especial pessoas de idade avançada, ou seja, programando o encerramento do auxilio doença sem ao menos verificar as condições do cidadão.Aliás,minto,fazem sim,mas a resposta da perícia também é programada: não. E emenda informando que a pessoa tem condições de voltar ao trabalho,a despeito da orientação de um médico particular (registrado no CRM) de que não tem condições. E o dirigente da Previdência Social, provávelmente com o discurso encomendado pelo Ministro de Estado,endossa de que os custos caíram consideravelmente em tom de satisfação e ressaltando a eficácia do programa!

 

Todos nós sabemos da pequena e equivocada cultura do brasileiro de se mutilar,forçar a barra, comprar atestados e tudo mais para se encostar no INSS,mas daí generalizar através de um programa medócre,tendencioso e irresponsável, meramente focando na redução dos custos de uma instituição falida é outra estória. O INSS tem que repensar em medidas para angariar mais recursos sem compromenter a política tributária nacional e para isso eles ganham bem lá em Brasília e investir em educação, treinamento, campanhas de conscientização porque a grande maioria dos trabalhadores recebe salário mínimo e tem grau de escolaridade baixo. As pensões que pesam nos custos previdenciários não podem ser responsáveis por massacrar senhores e senhoras de idade e que sejam também de meia idade ou jovens por uma política agressiva de desrespeito de quem contribui com uma grande parte do seu salário durante toda a vida para um órgão falido.Eu particularmente fico apreensivo quando eu precisar do INSS pois não tenho previdência privada. E o que vem por aí é pior. Nossa população está envelhecendo. E agora? Vão fechar a previdência social? Os sucessivos roubos e rombos puniram a população devido a um governo inoperante no passado, incapaz de recuperar a grande maioria do dinheiro(lembremos daquela senhora que desviou milhões de reais e hoje padece de uma doença incurável,como exemplo).

 

Que dizer do FAP que ainda é tão questionado? Nada adianta se falar de alíquotas de desconto ou incremento senão se educar,se não treinar, se não adestrar(isso mesmo,temos que ser adestrados,pela repetição e insistência). Enquanto ainda encontrarmos um Governo em cujo Congresso se fecha a Rota de Fuga pelos puxadinhos dos Senhores Parlamentares,o que poderemos falar daquele que se incomoda com o uso do capacete ou da luva que "tira a sensibilidade", ao que eu pergunto se quer ficar sem dedo ou a mão,aí você perde mesmo a sensibilidade.

 

Faço votos que o Partido seja mesmo dos Trabalhadores, protegendo-os desde a educação,treinamento,fiscalização efetiva do MTE,passando pelo monitoramento até o atendimento respeitoso daqueles que contribuem seja por aqueles no primeiro mês de contribuição até o pensionistas.

 

Vamos parar com essa hipocrisia de discutir um salário mínimo vergonhoso a despeito dos deputados e senadores que custam milhões aos cofres públicos mensalmente para trabalhar de terça a quinta em Brasília e ainda querer incessantemente poder e mais dinheiro e ter que ouvir José Sarney dizer que "é com sacrifício que aceita mais esse mandado de presidente do Senado".

 

Para aqueles opositores do partido atual da presidenta, não se animem porque não é porque eles são a bola da vez que o texto não se estenda a TODOS os partidos.

 

Faço votos de melhora de verdade!


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