Data: 09/02/2011 / Fonte: Redação Revista Emergência Foto:Reprodução Rede Globo
Rio de Janeiro - Após o incêndio que destruiu a Cidade do Samba, no Rio de Janeiro, bombeiros revelaram em entrevista ao Jornal Nacional, da Rede Globo, que houve falhas no sistema de segurança contra incêndios. Segundo eles, o problema foi descoberto durante uma vistoria antes do carnaval de 2010. Técnicos descobriram que faltava pressão na água que abastece mangueiras, hidrantes e os sprinklers. O motivo poderia ser um vazamento, de acordo com o Corpo de Bombeiros
"Qualquer sistema, que é direcionado para uma determinada ação de trabalho, se houver um vazamento vai prejudicar o rendimento daquele sistema", explicou Délio Silva, diretor do Corpo de Bombeiros/RJ em entrevista ao Jornal Nacional. De acordo com Délio, se o sistema hidráulico estivesse funcionando com a força adequada, o fogo não teria se espalhado tão rapidamente.
Já para Jorge Castanheira, presidente da Liga das Escolas de Samba, também em entrevista do Jornal Nacional, a manutenção é constante. "Eu não tenho essa informação, gostaria até que o bombeiro nos informasse. O que eu tenho na realidade é uma permanente manutenção aqui na Cidade do Samba", disse. Agora, a Liga das Escolas de Samba terá que fazer mudanças no sistema de prevenção às chamas em até 30 dias. Com a estrutura dos prédios condenada, a Defesa Civil isolou a área, que será demolida logo após o fim do trabalho da perícia. O Ministério Público abriu inquérito sobre o incêndio e laudo sobre a causa do incêndio será divulgado dentro de 20 dias.
Segurança
O especialista em emergências, Moacyr Duarte, em entrevista ao Jornal Bom Dia Brasil, também da Rede Globo, forneceu dicas de como obter segurança em locais semelhantes. Para ele, é preciso ter profissionais especializados na prevenção, fiscalizando constantemente a segurança do local e preparando os trabalhadores para os sinistros. "Não pode faltar a atividade de um técnico de Segurança que organize diuturnamente as tarefas de maneira a evitar situações perigosas. Não pode faltar a supervisão a cada final de tarefa, uma vistoria no barracão para ver se há alguma condição insegura, se algum equipamento não foi desligado, se alguma tomada não foi desenergizada. Finalmente, preparar os artesãos e o corpo que trabalha na administração que trabalha no barracão para fugir do local em caso de risco e utilizar da melhor maneira os equipamentos de combate a incêndio. Com esses procedimentos, podemos evitar tragédias como essa."
Ele também revela ao Bom Dia a importância de se conhecer bem os materiais com que se trabalha nestes locais. "Teria que aplicar um conjunto de técnicas para racionalizar as atividades. Por exemplo, as atividades de solda e pintura são incompatíveis em proximidade. Da mesma maneira, o material usado para fazer carros e fantasias vem em placas e rolos, e depois viram a arte que conhecemos. Isso tem que ser arrumado de uma maneira específica e tem que ser bem inspecionado para que não ocorra a tragédia que vimos."
Fonte: http://www.revistaemergencia.com.br/site/content/noticias/noticia_detalhe.php?id=JajgA5yA&utm_campaign=Emerg%25EAncia%2BNews%2BEd.%2B05%252F11&utm_medium=email&utm_source=clients
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