"Se acontecer um incêndio num andar alto desses, Deus livre e guarde, mas vai ser a desgraça nessa cidade. O Corpo de Bombeiros não tem estrutura nenhuma para resolver". A declaração é do presidente da Associação dos Policiais e Bombeiros e de seus Familiares do Estado da Bahia (Aspra-Ba), Marco Prisco Caldas. Com o aumento da verticalização de prédios, questiona-se sobre a estrutura da equipe do Corpo de Bombeiros do Estado da Bahia para atuar nas possíveis ocorrências em altos andares.
Prisco alerta que as 11 veículos com a autoescada plataforma aérea do Estado estão com defeito. Dessas, quatro atendem à capital. O subcomandante do Grupamento de Bombeiros Militares (GBM), coronel Nelson Vasconcelos, não confirma a informação. "Nós temos viaturas quebradas e outras operando, mas não sei lhe dizer quantas", admite, sem precisar os números.
Para o presidente da Aspra- BA, o que resta a fazer, caso haja algum sinistro, é atuar de forma improvisada. "O que tem que bom nos Bombeiros é o profissional. Ele vai improvisar e arriscar a vida em prol do outro. Não tem estrutura para socorro num prédio alto", reforça.
O coronel Nelson Vasconcelos, por sua vez, garante que os equipamentos, por mais modernos que sejam, não podem dar conta de incêndios em altas edificações. "Equipamento nenhum alcança. A segurança em si está estreitamente dependente dos equipamentos que o prédio deva ter".
Para o engenheiro Eduardo Pedreira, responsável por incorporações imobiliárias da Odebrecht, a escada magirus não atende toda a extensão de prédios altos, como o Mundo Plaza, na Avenida Tancredo Neves, que possui cerca de 110 metros: "Quem tem que dar suporte para a rota de fuga é o prédio".
Pedreira explica que as rotas de fuga são o primeiro item em uma construção. "O projeto é desenvolvido pensando em qualquer sinistro, para que as pessoas tenham a capacidade de evacuar o local sem ter danos. Nós instalamos uma série de equipamentos", diz.
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